quarta-feira, 20 de abril de 2011

Porque cinza também é cor!


Acordei triste, mas não um triste digno de pena com ânsia de brigadeiro, necessidade de gente, precisão de colo ou abraço, não um triste com direito a caixas de lenços, remédios ou psicanalistas. Um triste quieto, rebuscado, calado, mudo, um triste necessário, profundo, estático. Só pra exercer o direito à tristeza, quebrar a obrigação do riso e desestabilizar a ditadura do "bem estar".

Sobre o meu tipo favorito de gente...


Gente que aquece em dias frios e traz frescor nos demasiadamente ensolarados.
Gente que se mostra por inteiro sem se desfazer do mistério.
Gente que não se cansa de provocar, seja sorrisos, lágrimas, gritos, silêncios, sossego, frenesi, segurança ou agitação.
Gente que na maioria das vezes não tem medo de ser gente, mas que as vezes se questiona se o é, só pra se sentir mais gente, pra aprender de fato o significado de ser gente.
Gente que dá prosa à minha poesia, que dá poesia à minha prosa.