Hoje o som tranquilizante da chuva me irrita os ouvidos, o cheiro de terra molhada que costumava ter sabor de infância, me amarga a boca, a sensação acolhedora e confortável trazida pelo escuro queima minha pele e congela meus ossos.
Hoje eu quero o sol, quero água de côco bem gelada no lugar do bom e velho café com leite, quero óculos escuros ao invés de meias e moleton e quero abraçar todos os riscos proporcionados pela super-exposição à grande bola de fogo amarela.
(Hoje eu só quero um esconderijo mais óbvio)
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